domingo, 27 de maio de 2012

A "esquerda" do porco preto não fala com a boca cheia, é isso?

A Assembleia da República tem um "refeitório" que funciona como restaurante de gama alta a preços que devem ficar abaixo do custo para uso quase exclusivo dos deputados que, como se sabe, ganham mal.
O recente concurso para o dito "refeitório", cujos pormenores se podem ler aqui (no blogue Má Despesa Pública) revela as exigências dos ilustres clientes parlamentares: porco preto de bolota, perdiz e camarões de 24 unidades por quilo.
Estes pormenores, num país em crise e onde a despesa do Estado não desce como devia, não horrorizam a "esquerda" parlamentar. Não há berrarias, não há greves gerais, não há "pacto de agressão" (que talvez esteja a suportar a ementa parlamentar), não há Arménios Carlos aos gritos nem outros protestos. Talvez por estarem de boca cheia.
A "esquerda" do porco preto que aceita estes pequenos luxos da "democracia burguesa" já nada tem a ver com a realidade do país.

2 comentários:

Vitor Gonçalves disse...

Excelente post, Pedro, muito bem apanhado!
Hoje em dia a divisão esquerda/direita, pelo menos no seu uso mais quotidiano (como nestes frugais pedidos) já quase não faz sentido.

Pedro Garcia Rosado disse...

Pois, já lá vai o tempo :-)